23/03/2023
O DN assinalou o Dia Internacional da Mulher no Edifício dos Leões com uma tertúlia sobre os desafios que se levantam em tempo de guerra e de crise, em particular no setor feminino.
Os números mostram uma realidade em mudança, mas de forma lenta. Em Portugal, as mulheres continuam a apresentar um maior risco de pobreza, principalmente devido aos salários mais baixos, ao papel de cuidadoras familiares e aos encargos com os filhos nas famílias monoparentais. Esta situação coloca-as na linha da frente do atual contexto de incerteza, exponenciado pela guerra na Ucrânia pelo aumento do custo de vida. Mas existem caminhos para contornar esta realidade, e, no Dia Internacional da Mulher, vimos como a sociedade portuguesa deve mobilizar-se nesse sentido.
No Dia Internacional da Mulher, o DN promoveu uma tertúlia dedicada aos desafios económicos, sociais e políticos para 2023. No painel estiveram cinco mulheres e um homem, que analisaram a evolução do país nas últimas décadas e o que está por fazer quanto às desigualdades flagrantes na sociedade portuguesa. A moderar o debate esteve a diretora do DN, Rosália Amorim, acompanhada em palco por Célia Reis (responsável pelos centros de engenharia da Capgemini Engineering e vice-presidente da unidade de engenharia que resultou da integração da Altran na Capgemini), Gonçalo Saraiva Matias (Presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Fundação Francisco Manuel dos Santos), Inês Oom de Sousa (Presidente da Fundação Santander Portugal), Luísa Pestana (Administradora da Vodafone Portugal), Maria Celeste Hagatong (Presidente do Banco Português de Fomento) e Viktoria Kaufmann-Rieger (Administradora da SIVA-Porsche Holding).
Educação e formação são armas-chave para ativar o elevador social, mas a par disso é preciso apostar em setores cruciais onde elas são uma minoria, como é o caso das engenharias e das tecnologias.
Gonçalo Saraiva Matias retratou, a traços largos, as conclusões do inquérito que a fundação levou a cabo sobre as mulheres no Portugal de hoje, e que mostraram uma percentagem grande de mulheres que diz estar cansada, sobrecarregada pelos deveres profissionais e domésticos, em situação de burnout.
Fonte: Diário de Notícias, com alterações